segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Escuridão 


Mistério! Mistério! Mistério! 
És tu Escuridão!
Bestial criatura 
Nutrida de pecado.
Revele seu semblante 
Ó deusa infernal
 Devora-me!
Dilacere-me! 
 Sou pecado! 
Abocanha esta alma 
Que jaz Conspurca.
És crível ser gentil? 
Ó escuridão! 
Não vês que expirei? 
Que já não sou matéria 
Que minhas vísceras 
Putrefazer-se embaixo da terra!
Ó tenebrosa criatura 
Sou eu um pecado letal a sua existência?
Tens comiseração 
 Dás Refúgio a esta alma indigente.

       Francisco Cruz 


quinta-feira, 8 de agosto de 2013


D  e  s  c  o  n  c  e  r  t  o




E  u    q u e r o    n ã o    s a b e r    q u e m    s o u

E  u   q u e r o  v i v e r  n o s   s o n h o s   a   r e a l i d a d e

E u   q u e r o   d e s c o n s t r u i r   m i n h a   i d e n t i d a d e

E u   q u e r o   c r e s c e r   e   s e r   c r i a n ç a

E u   q u e r o   n ã o   t e r   p e n s a d o   o   o n t e m   p a r a   v i v e r   h o j e

E u   q u e r o   o   r á d i o   à   t e l e v i s ã o

E u   q u e r o   u m   p o n t o   d e   i n t e r r o g a ç ã o (?)

 E u  q u e r o   v i v e r   e n t r e   o s   m a c a c o s

E u  q u e r o  n ã o   s e r   f o t o g r a f a d o

E u   q u e r o   s e r   e   n ã o   s a b e r   q u e   sou

E u   q u e r o   d e n u n c i a r  a   m i m   m e s m o.



FRANCISCO CRUZ (M a t e u s)